domingo, 28 de novembro de 2010

Índios




Tem coisa que não tem explicação
Palavras me faltam.
Tanta inocência , simplicidade...
Que acho ridícula minha vida nesta cidade de ilusão.
Que só sabe fazer sujeira e poluição.
Uma vida em vão
Todos os dias iguais
Sem nenhuma razão.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O que há de melhor



Hoje eu preciso de parar,
Parar para vê o sol,
Olhar a lua ao cair a madrugada.
Parar para jogar queimada na rua,
Sujar o pé, soar o corpo.
Parar para olhar nos olhos de quem quero vê a alma.
Parar para abraçar com vontade quem amo.
Parar para fazer o que gosto, sem pressa de acabar.
Parar para cantar e só cantar.
Sorri, bebe,chorar...

Hoje não dá,
Não dá pra disfarça,
Os olhos já refletem o vazio que há por dentro do olhar.
Não consigo esta com aqueles que estou sem quere estar.
A hostilidade já está na raiz da ação.

Hoje não dá,
A maquiage-se  desmancha, já quero a verdade no olhar,
Quero justiça, quero sol no meu imenso jardim de raízes profundas e perfumes fortes.

Porque um novo mundo grita por mim
E os meus pés cansados e descalços,
Já procura o caminho do meu vasto mundo,
Meu mundo de imaginação, que está fechado para vizitação...

A um poeta

Tu, que dormes, espírito sereno,
Posto á sombra dos cedros seculares,
Como um levita á sombra dos altares,
Longe da luta e do fragor terreno,

Acorda!é tempo! O sol, já alto e pleno,
A fugentou as larvas tumulares...
Para surgir do seio desses mares,
Um mundo novo espera só um aceno...